NEGARAM APOIO AÉREO ENQUANTO AS FARC ASSASSINAVAM 10 MILITARES
Os soldados não acreditavam no que estava acontecendo. O comando militar, por ordem de Juan Manuel Santos e do ministro Pinzón, havia dado instruções muito precisas de não prestar apoio aéreo
Negaram apoio aéreo enquanto as FARC assassinavam 10 militares
Os soldados não acreditavam no que estava acontecendo. O comando militar, por ordem de Juan Manuel Santos e do ministro Pinzón, havia dado instruções muito precisas de não prestar apoio aéreo
Ricardo Puentes Melo
(Tradução: Graça Salgueiro)
Hoje, quarta-feira 15 de abril, durante a madrugada, membros da companhia Alirio Perdomo da coluna móvel Jacobo Arenas das FARC, armados até os dentes com explosivos, morteiros, granadas e fuzis, assaltaram a guarnição do Exército acantonada na vereda La Esperanza, corregimento de Timba, município de Buenos Aires, Cauca.
Pouco antes de uma hora da manhã começou o assédio enquanto os militares dormiam. O ataque foi sem trégua e sangrento. Desde o próprio início do assalto, os terroristas lançaram granadas e morteiros que zumbiam pelos ares e explodiram no meio da tropa.
Nos primeiros dez minutos três soldados morreram assassinados. De imediato, solicitaram apoio aéreo porque a investida dos bandidos era feroz. Haviam apanhado-os desprevenidos já que Juan Manuel Santos, o ministro Pinzón e o general Rodríguez lhes haviam informado que estivessem tranqüilos porque as FARC tinham decretado cessar fogo unilateral.
Confiados em que o apoio aéreo lhes chegaria logo, como nas épocas do governo de Uribe, os soldados agüentaram e agüentaram aguerridamente, tirando forças de onde não as tinham. Porém, passaram os minutos, as horas… os soldados não creditavam no que estava acontecendo. O comando militar, por ordem de Juan Manuel Santos e do ministro Pinzón, havia dado instruções muito precisas de não prestar apoio aéreo.
Quando as munições dos terroristas acabaram, eles se afastaram tranqüilos, apoiados e cuidados pelos indígenas amigos, como se voltassem de um passeio.
Enquanto isso, na guarnição, os soldados fizeram o inventário do ataque: nove soldados e um sub-oficial haviam sido massacrados pelos bandidos aliados do governo de Santos. Em meio à dor e o pranto, cobriram os cadáveres dos assassinados e enviaram 21 feridos graves aos hospitais e postos de saúde próximos.
Estes são outros mortos que devem ser abonados a Juan Manuel Santos, Juan Carlos Pinzón e o general Rodríguez! E que não venham dizer que o tempo impediu a chegada do apoio aéreo, porque os informes meteorológicos indicam que havia condições favoráveis para os vôos na zona.
Que desculpas a cúpula militar vai dar? Que dirão o general Mora e os generais da ativa que viajam a Havana? Continuarão defendendo as FARC, assegurando que os terroristas têm boa-vontade de paz?
Que horas amargas para a Colômbia!
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Lista dos assassinados e feridos, até as 8:53 am de 15 de abril de 2015:
- Sargento-segundo Benavidez
- Soldado profissional Popayán
- Soldado profissional Paez
- Soldado profissional Turriago
- Soldado profissional Queneme (por confirmar o sobrenome)
- Soldado profissional Prado B.
- Soldado profissional Puentes H.
- Soldado profissional Cotaro
- Soldado profissional Laquileo
- Blanco D.
Feridos:
- Sargento-primeiro Inocêncio
- Cabo-primeiro Aquilar
- Soldado profissional Pinto
- Soldado profissional Martínez
- Soldado profissional Benjumea
- Cabo-segundo Corredor
- Cabo-segundo Carvajal
- Soldado profissional Hoyos
- Soldado profissional Buritica
- Soldado profissional Huetio
- Soldado profissional Orellana
- Soldado profissional Calderón
- Soldado profissional Aguiar
- Soldado profissional Gaujinoy
- Soldado profissional Sánchez
- Soldado profissional Plazas
- Soldado profissional Hurtado
- Sargento vice-primeiro Díaz
- Soldado profissional Jiménez
- Soldado profissional Beltrán A.
- Soldado profissional Benítez O.
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Nota da tradutora:
[1] Esse artigo foi escrito com base na informação dos soldados sobreviventes ao massacre, que forneceram a lista feita logo após o resgate dos corpos e traslado dos feridos. Entretanto, hoje ascendeu a 11 os militares assassinados.
[2] Para se ter uma idéia precisa do que e como ocorreu nessa guarnição do Exército no Cauca, ouçam a entrevista exclusiva e dramática que um sargento sobrevivente ofereceu ao programa “La Hora de la Verdad”: http://www.lahoradelaverdad.com.co/hace-noticia/exclusivo-sargento-del-ejercito-relata-como-fue-masacre-de-11-militares-en-el-cauca.html
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